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13/04/2013 14:37

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Gramsci para historiadores

Ricardo Salles

Resumo


O ensaio apresenta as reflexões de Antonio Gramsci como um trabalho teórico que, mesmo lidando com a política, trata fundamentalmente da história e da prática dos historiadores. Para o pensador e revolucionário italiano, a filosofia da práxis era o historicismo absoluto ou realista. Os conceitos gramscianos, ou cânones metodológicos e de interpretação histórica e política, como ele os considerava, são elaborados a partir de análises de situações e épocas históricas determinadas, notadamente a Itália do século XIX, em particular, e a Europa moderna, de um modo mais amplo. São, nesse sentido, conceitos históricos desenvolvidos para e a partir de uma prática historiográfica. Para afirmar esse ponto, Gramsci se engaja contra dois adversários: o mecanicismo determinista predominante na tradição marxista da Internacional Comunista, exemplificado pelo livro A teoria do materialismo histórico: manual de sociologia marxista, de Nikolai Buhkarin, e o idealismo filosófico e historiográfico, singularizado em diversos escritos de Benedetto Croce.

Realmente o Gramscianismo está mais pra realidade atual historiográfica do que o velho marxismo, já ultrapassado teoricamente e praticamente também pois, o socialismo real sucumbiu, o determinismo genérico, são suprimidis por uma análise mais precisa, política e situacional de cada época e de cada evento, podendo desta maneira fazer uma interpretação mais precisa e menos tendenciosa.

Não é colocada uma proposta de um sistema diferente do capitalismo, mas sim, uma metodologia historiográfica de análise para interpretarmos tudo que a história pode abranger com seus recortes e visões de suas testemunhas oculares ou documentais.